domingo, 14 de outubro de 2018

Ônibus autônomo em Paris tem controle de Xbox para emergências

Rodrigo Ribeiro/Quatro Rodas
O Expo Porte de Versailes, local onde é realizado o Salão de Paris, conta com diferentes pavilhões separados por distâncias consideráveis para serem cobertas a pé. Por conta disso, há esteiras, elevadores e, neste ano, até um ônibus autônomo para fazer o transporte de passageiros.

QUATRO RODAS andou no inusitado Trapizio, veículo desenvolvido pela francesa Navya e que já é usado em 16 países.

O veículo autônomo tem propulsão elétrica, pode levar até 11 pessoas e tem velocidade máxima de 20 km/h.

Segundo a empresa, o Trapizio é desenvolvido para atuar em locais onde ônibus convencionais teriam dificuldade de locomoção, como ruas apertadas, vias repletas de pedestres e ambientes fechados.

Isso, em tese, o tornaria perfeito para ser usado como transporte no Salão de Paris.

Seu primeiro entrave, porém, foi uma limitação imposta pelos próprios organizadores do evento.

O trajeto feito pelo Trapizio envolvia dois pavilhões menores, que recebiam feiras menores paralelas ao Salão do Automóvel e reduzia o potencial de exposição do veículo.

Outra dificuldade ocorreu no segundo dia do evento dedicado à imprensa, por conta da visita oficial do presidente da França, Emmanuel Macron.

Os inúmeros policiais, seguranças e viaturas que circulavam pelos pavilhões faziam com que o Trapizio demorasse a cumprir seu trajeto, pois a cada obstáculo detectado por seus sensores ele parava completamente para só depois retornar a marcha).

Em alguns casos, como quando um veículo de serviço cruzou seu caminho, o ônibus ficou parado até que o outro carro, conduzido por um ser humano, saísse de seu caminho.

Sua baixa velocidade limita sua atuação, mas também ajuda a evitar riscos de acidentes. Um aviso sonoro é emitido de forma constante para alertar pedestres e outros veículos.

Em nosso curto percurso de 1,5 km, porém, duas pessoas entraram inadvertidamente à frente do Trapizio. Mesmo assim, seus radares detectaram com bastante antecedência e acionaram os freios rapidamente.

Por conta disso, é recomendado que os passageiros do ônibus permaneçam sentados ou segurando em apoios, pois as frenagens bruscas dão a sensação que o computador que controla o veículo foi treinado no transporte coletivo brasileiro.

FONTE: Quatro Rodas

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