A crescente onda de assaltos aos transportes coletivos rodoviários de
Natal registrada no primeiro semestre desse ano teve uma significativa
queda no segundo período de 2013. Entre janeiro e junho, o número de
crimes cometidos foi de 627; enquanto que entre agosto até o último
final de semana foram contabilizados 96 delitos. Os dados são do
Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte.
Segundo o Comandante Geral da Polícia Militar no Rio Grande do Norte,
coronel Francisco Araújo, a redução das ocorrências se deve a uma série
de fatores. “Não só as barreiras policiais, mas também operações de
inteligência e o apoio dos próprios motoristas”, justificou.
Outro fator destacado pelo coronel Araújo são as câmeras de segurança, o
botão do pânico e a bilhetagem eletrônica. “Temos o exemplo de algumas
cidades que com o uso da bilhetagem eletrônica o número de assaltos caiu
para quase zero”, comentou.
Depois de um final de semana violento com 15 crimes, os rodoviários
realizaram uma paralisação no dia 5 de agosto, quando interromperam o
fluxo do trânsito com os ônibus estacionados em fila pelas avenidas
centrais da cidade. Os profissionais só voltaram ao trabalho depois de
um encontro com a governadora Rosalba Ciarlini e o comando da PM, no
qual ficou acordado que o número de blitzes iria aumentar na cidade a
fim de coibir a quantidade de crimes.
Apesar da redução de crimes em comparação ao primeiro semestre, 2013 foi
um dos anos mais violentos para o transporte público em Natal. O número
de assaltos até agora já é maior que o dobro dos crimes contabilizados
em 2012. Até o dia 25 de novembro desse ano foram contabilizados 723
crimes, enquanto em 2012 foram registradas 278 ocorrências.
Entretanto para o presidente do Sintro/RN, Nastagnan Batista, apesar da
redução ainda falta muita coisa para chegar a um nível que deixe os
rodoviários mais tranquilos. “Teve uma redução considerável, mas ainda
assim é um número muito alto”, uma média superior a cinco assaltos por
semana.
Apesar do acordo firmado no meio do ano com o governo, o representante
dos rodoviários observa que as ações policiais que haviam sido
prometidas vêm diminuindo. “Estou notando uma diminuição das blitzes nas
ruas”, completou.
Para o coronel Araújo, as barreiras policiais continuam acontecendo,
entretanto, de maneira sazonal. “Continuamos fazendo as barreiras, porém
com menor intensidade, pois não existe uma ação exclusiva para ônibus.
São aproximadamente 4000 viagens por dia, não temos efetivo para ficar
fazendo um patrulhamento exclusivo”, declarou.
O comandante ainda destacou outros pontos que podem ser melhorados, como
por exemplo aumentar o número de botões do pânico. Hoje, apenas um
terço da frota possui o assessório que, em caso de risco, o motorista
pode acionar, alertando a polícia sobre a ocorrência do delito.
Fonte: Novo Jornal
Com informações: Unibus RN
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