Veículo utiliza 100% biodiesel como combustível. Até o final do ano serão 100 circulando com o B100 em Curitiba
Além de ligeiro, ecológico. O maior ônibus do mundo, com seus 28 metros
de comprimento e capacidade para 250 passageiros está na lista também
dos mais ambientalmente corretos. Utilizando 100% de biodiesel como
combustível (tecnicamente chamado de B100), os 26 Ligeirões que circulam
por Curitiba emitem menos poluentes do que ônibus que utilizam
combustíveis a base de petróleo. Além dos Ligeirões, mais seis ônibus
articulados participam do projeto municipal que exigiu vários anos de
estudo e envolve parceria entre setor público e privado. O sucesso do
projeto tem sido tanto que a experiência é exemplo para outros países.
“O projeto de utilização do B100 é de grande importância, principalmente
por comprovar que é possível manter uma frota de ônibus rodando
regularmente, sem utilização de óleo mineral. Não há notícia de uma
iniciativa que tenha sido feita desta forma e com esta amplitude em
outras partes do mundo”, afirma Elcio Karas, gestor de Inspeção e
Cadastro do Transporte Coletivo da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A).
A expectativa da Urbs é que até o final deste ano a capital mais verde
da América Latina tenha circulando pelas ruas 100 ônibus, todos
utilizando exclusivamente biocombustível. “É um longo trabalho com
resultados animadores. O projeto começou como piloto em agosto de 2009 e
hoje é uma política municipal de redução de impacto ambiental do
transporte. Para o meio ambiente, verifica-se uma economia de poluição
na casa dos 63%. Ou seja, reduz em muito as emissões de partículas no
meio ambiente, o que resulta em um ar mais puro, com benefício direto
sobre a saúde da população”, conta Karas.
Atualmente, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB)
regulamenta que cada litro de diesel tenha 5% de biodiesel misturado em
sua composição. A luta de associações do setor é que essa mistura seja
aumentada para 20% devido a seus benefícios ao meio ambiente. Estudo da
FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que a mistura de 5% de biodiesel
ao diesel contribui para reduzir em 12.945 o número de internações
hospitalares por problemas respiratórios, com 20% de mistura, esse
número chegaria a 77.672 internações a menos.
“Iniciativas como a de Curitiba nos deixam entusiasmados, pois são a
prova real de como o biodiesel melhora a qualidade de vida das pessoas,”
afirma Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS e da APROBIO
(Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil).
No total, Curitiba consome 160 mil litros de biodiesel por mês,
fornecidos pela BSBIOS, empresa pertencente 50% a Petrobras, com
unidades em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR). A companhia participa
deste projeto desde sua implantação em 2009, fornecendo o biodiesel a
base de soja de acordo com a especificação da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Fonte: Mídia News/Portal do Agronegócio
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